QUANDO O PECADO NÃO É DOMINADO!

 


“E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? Gênesis 4:9).

 

Enganam-se aqueles que pensam que um pecado pequeno, diante da grandeza do amor de Deus, passará despercebido. Assim como o artilheiro, diante do gol adversário, usa a mão para empurrar a bola e tenta justificar seu ato, buscando enganar os jogadores e até mesmo o árbitro da partida. Em alguns casos, o infrator até consegue iludir a todos e sair aparentemente vitorioso, recebendo créditos que não lhe pertencem. Porém, diante de Deus, nada fica oculto. Ele não se deixa enganar por aparências, pois vê o coração, pesa as intenções e julga com justiça perfeita.

 

A Bíblia narra a história de dois irmãos. Abel, homem leal, de coração sincero e temente a Deus, vivia de modo digno, e o olhar do Senhor estava sobre ele, aprovando suas atitudes e sua oferta. Caim, por outro lado, possuía uma índole corrompida, permitindo que sentimentos como a inveja e o ciúme crescessem em seu coração contra o próprio irmão.

Esse sentimento pecaminoso foi se intensificando até atingir o seu ápice: Caim passou a maquinar a morte daquele que, aos seus olhos, se destacava em atitudes corretas e era aprovado por todos, inclusive por Deus, que a tudo observava. Dominado pelo pecado, Caim levantou-se contra Abel e tirou-lhe a vida.

 

Contudo, Deus entrou na história. Ao se encontrar com Caim, percebeu, pelo abatimento de seu semblante, que algo grave havia acontecido. Sim, Abel já estava sem vida, vítima da trama maligna de seu próprio irmão. A grande lição que extraímos desse relato é que um abismo chama outro abismo: um pecado não tratado abre caminho para muitos outros. Caim, dominado pelo ciúme e pela inveja, chegou ao extremo do assassinato e, em seguida, acrescentou à sua culpa a mentira. Quando foi questionado por Deus acerca do paradeiro de Abel, respondeu: “Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?” A falsidade surgiu imediatamente, como se fosse possível ocultar algo d’Aquele que tudo vê. Diante de Deus, porém, nada permanece escondido; Ele conhece os atos, as palavras e até as intenções mais profundas do coração.

 

Plínio Cavalheiro – capelão.

 

 

 

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