DERRUBADO PARA SER TRANSFORMADO!
“E caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,
Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4).
Pior do que não seguir é perseguir.
Ninguém persegue alguém com bons desígnios. A perseguição sempre carrega a
intenção de ferir, destruir ou silenciar. Na natureza, um animal predador
persegue sua presa com um único objetivo: matá-la e, depois, fazer dela
alimento para sustentar o próprio corpo. Isso acontece por causa da hierarquia
existente na floresta, onde, em regra, prevalece o mais forte, que se aproveita
da vulnerabilidade daquele que é menor e mais fraco. Da mesma forma, a
perseguição humana nasce do desejo de domínio, da rejeição e da incapacidade de
conviver com aquilo que não se controla ou não se aceita.
O texto registrado em Atos 9:4
nos apresenta algo verdadeiramente surpreendente. Um homem chamado Saulo havia
desenvolvido dentro de si uma atitude absurda e espiritualmente cega. Suas
ações se assemelhavam a uma formiga tentando perseguir um elefante. Até uma
criança sabe que a chance de vitória nessa disputa é inexistente e, ainda
assim, Saulo se colocava diante do povo ostentando autoridade para eliminar os
cristãos aqueles que seguiam a Jesus.
Convencido de que estava
certo, Saulo caminhava com determinação, mas em completo desequilíbrio
espiritual. Foi então que Jesus, do céu, interferiu em seu trajeto. Cristo
poderia tê-lo destruído com um simples sopro, mas não o fez. Em vez disso, com mansidão
e amor, revelou a Saulo o terrível engano que ele estava cometendo.
Jesus o lançou por terra e o
deixou cego por três dias, não como punição definitiva, mas como um processo de
quebrantamento e revelação. Ao final desse encontro, Saulo não foi apenas
curado, ele foi transformado. Levantou-se como outro homem, com outro nome: Paulo,
agora cheio de graça, misericórdia e compaixão por aqueles que, assim como ele
antes, caminhavam na contramão de Cristo.
Essa história nos confronta e
nos convida à reflexão: Como está a sua vida hoje?
Você se considera um verdadeiro seguidor de Cristo ou, por atitudes, palavras e
escolhas, tem se tornado um perseguidor de Jesus, mesmo dizendo crer n’Ele?
Plínio Cavalheiro – capelão.

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