ENTRE O VENTO E O PEIXE: O PREÇO DA DESOBEDIÊNCIA!
“Mas o Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no
mar uma forte tempestade, e o navio estava a ponto de quebrar-se” (Jonas 1:4).
Normalmente, quando algo ruim
acontece, a primeira reação humana é procurar uma causa, um responsável, alguém
que explique o motivo do desastre. Não descansamos enquanto não encontramos um
culpado. Para isso, no mundo físico, contamos com a perícia policial, equipada
com instrumentos modernos capazes de identificar, com precisão, quem provocou o
acidente ou a incidência. Da mesma forma, no livro de Jonas, vemos um episódio
em que uma grande tempestade coloca vidas em risco. E, assim como em uma
investigação, todos procuram entender quem é o responsável por aquele caos. E a
surpresa é que o culpado está a bordo, e ele mesmo (Jonas) sabe disso.
Os homens daquela embarcação
estavam aterrorizados. O vento rugia, as ondas se levantavam como muralhas, e o
barco rangia como se fosse partir ao meio. No auge do desespero, Jonas
finalmente confessa: ele era o culpado por aquela tempestade. O silêncio que
seguiu sua declaração pesou mais do que o próprio mar agitado. Sem outra saída,
aqueles marinheiros, homens rudes, mas de coração sensível, carregaram Jonas em
direção à beira do navio. Imagine a cena: braços tremendos, olhares de medo, o
som do vento misturado ao eco das orações deles. E então… Jonas é lançado aos
abismos. No mesmo instante em que seu corpo toca as águas, algo sobrenatural
acontece: o vento cessa, o mar se acalma, e o terror se transforma em uma paz
que só Deus pode produzir. A causa foi identificada. O culpado foi tratado. A
tempestade obedeceu.
Lições para nós hoje: Quando
Deus te dá um comando, não o ignore. Não vire as costas para Ele. A
desobediência sempre gera tempestades, não só para nós, mas para todos ao nosso
redor. E nunca subestime o poder de Deus. Ele pode acalmar mares, mover ventos
e até ordenar a um grande peixe que engula o profeta fujão e o leve exatamente
ao lugar onde ele deveria estar desde o início: Nínive. Porque quando Deus
decide agir, nenhum vento é forte demais, nenhum mar é profundo demais, nenhum
caminho é longe demais. Ele cumpre o que determina, e nos leva, seja pela
obediência, ou pela tempestade.
Plínio Cavalheiro – capelão.

Comentários