domingo, julho 23, 2017

DIZER É FÁCIL, FAZER É POSSÍVEL!



Sermão

Texto: Mateus 7: 13-29

Texto destaque: “Nem todos que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus”.

Entre dizer e fazer existe um espaço a percorrer que nem sempre é tão simples como pronunciar frases.

Tenho aprendido ao longo de minha vida que todo ensino que não desperte interesse no aluno em se submeter às mudanças que ele se propõe é considerado nulo, não cumpriu seu propósito de atuar na área prática daquele que foi um mero espectador.

Não poderia ser diferente dentro das igrejas onde os ensinos, principalmente o bíblico são priorizados. Estamos vivendo um tempo que não há muita dificuldade para se encher os templos. Provavelmente o conforto, ar-condicionado, boa música, bons pregadores e os relacionamentos são atrativos que justificam as casas cheias, e estes fatores não podem ser desprezados, afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.

O texto de onde foi extraído esse sermão, Mateus, capítulo 7, verso 21, diz: “Nem todos que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus”.

Assim sendo, quando visualizamos um local de culto repleto de pessoas, precisamos exercitar nossos olhos espirituais para perceber que nem todos que estão ali participando junto com a igreja de Cristo estará desfrutando do culto que um dia vai acontecer na Pátria Celestial. Elas que hoje repetem frases maravilhosas a comando dos dirigentes, um dia vai ouvir claramente do Senhor: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”.

A Palavra é clara, “apenas aquele que faz a vontade do Pai, entrará nos céus”. Desta forma, o segredo que abre a porta do céu está em se aprender a vontade de Deus, e não só aprender, mas viver em conformidade com a vontade do Pai. Portanto, sem querer ser herético, e tomando muito cuidado com as palavras, eu diria sim que a salvação depende de “obras”. E, que obras seriam? Fazer, fazer e fazer a vontade de Deus. O próprio Senhor Jesus disse: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua” – (Lucas 22:42).

De nada adianta decorar a Bíblia de capa a capa, inútil é orar sete vezes ao dia, nem fazer parte do melhor conjunto da igreja, de nada serve ser apóstolo, bispo, pastor, líder ou mesmo discípulo, se as atitudes não condizem com os ensinamentos de Deus. Todo ele um dia ouvirá do Senhor a mesma frase: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”.

Como seria diferente se as pessoas que estão dentro das igrejas, diante dos projetos agissem como Jesus: “Pai, eu tenho este plano em minhas mãos, até acho ele legal; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”.

Quero destacar alguns pontos sobre a vontade de Deus, e seria bom que você, em suas leituras bíblicas adquirisse o hábito de deixar marcados os textos que traduzem a vontade de Deus, sabendo que, deles dependem sua entrada no céu. Paulo escreveu: “Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade de Deus” – (Efésios 5:17).

Primeiro. A vontade de Deus é que você creia. Um dos versículos bíblicos mais conhecidos, apreciados e pregados no mundo diz: “Porque Deus amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que CRER não pereça, mas tenha a vida eterna” – (João 3:16).

O amor de Deus o moveu para que Ele fizesse algo em benefício do homem pecador, e a ação foi abrir mão de algo que Ele tinha de mais precioso, seu Filho Unigênito. O plano excelente de Deus, eu diria que esta iniciativa encabeça todas as demais que estão relacionadas na Bíblia. Sem ela, de que adiantariam as outras?

Qual a razão de Deus inserir dentro de seu plano maravilhoso de salvação a palavra “crer”? Em primeiro, pelo fato de “crer” estar relacionado com credibilidade. Deus está interessado que o homem conheça a salvação da forma como está apresentada, e acredite que o plano é eficaz e que é a mais perfeita expressão da vontade dEle. Ele não deseja que o homem dê um salto no escuro, para isso o homem precisa exercitar o dom da “crença”. A crença se adquire pelo esforço, e está disponível a todos que querem. Em contrapartida, o incrédulo, se não se converter, está fadado a ouvir do Senhor: “Nunca o conheci. Afaste-se de mim você, que pratica o mal”.

É comum encontrar alguém dizendo: “Agora eu virei crente”. Como assim, virar crente? A crença não é acionada com controle remoto, aperta-se um botão e pronto, lá está ela ao vivo e em cores. A crença é conquistada com lutas. O inimigo é astuto, e sua argumentação penetra o intelecto do homem convencendo-o ou tentando convencê-lo a desacreditar na existência de Deus e ou nas Palavras de Deus. Veja como foi no início, ainda no Éden, Deus disse: “Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão”. No entanto, veio a serpente com outro discurso dizendo: “Certamente não morrerão”, e o final da história todos sabemos e sofremos as conseqüências da descrença da senhora Eva.  

Segundo. A vontade de Deus é que você entre pela porta estreita. O verso 13 e 14 diz que a porta certa é a estreita, pois a larga e aquela que leva à perdição. Quando o assunto é salvação, não existem múltiplas escolhas ou várias escolhas corretas. Deus apresenta duas escolhas, sendo que somente uma delas é a correta, ou seja, porta estreita que conduz ao caminho apertado.

Porque será que Jesus disse à multidão que são poucos os que a encontram, se referindo à porta estreita? Porque Ele sabia o quanto as pessoas amariam a porta larga que leva ao caminho espaçoso. A exemplo da multidão que estava aos pés de Jesus naquele monte, ouvindo Palavras edificantes, presenciando milagres, sinais e maravilhas, hoje existe uma multidão que estão freqüentando igrejas, e mesmo assim irão ouvir de Jesus: Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”.

O diabo continua dizendo que o homem pode se “converter”, sem com isso precisar alterar seu caráter atrelado aos hábitos do mundo. Pela proposta do diabo o homem nasce com certos desvios de comportamento e deve morrer da mesma forma, mesmo freqüentando igreja seja ela qual for.

Se o diabo age de uma forma, Deus espera que o novo convertido tenha todo interesse em moldar seu caráter, e como modelo, Ele apresenta o de Cristo. Paulo escreveu: “Sede meus imitadores, como também sou de Cristo” – (I Coríntios 11:1).

Terceiro. Deus quer que você seja cuidadoso. O texto diz: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” – (V.15).

A proteção de Deus, não dispensa a prudência do convertido. Para isso Deus capacita o homem com sabedoria especial para ser aplicada nos momentos quando é atacado de várias formas, e uma delas é através da falsidade. Falso irmão, falso pastor, falso líder, falsa igreja, etc. O texto alerta para os falsos profetas. Esses são aqueles que são habilidosos para distorcer as escrituras, levando consigo uma multidão convencida que o bem é mal e o mal é bem.

Então, como saber quando a gente está sendo assediado por falsos profetas? Primeira coisa é conhecer a Verdade. Quando se conhece o genuíno, o falso fica desvalorizado ou desacreditado. A Bíblia diz, e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará. Libertará de que? Da dúvida de não saber a diferença entre porta estreita e porta larga. Uma das armas que neutraliza o diabo se chama “verdade”. Ele a detesta, pelo fato de ser o pai da mentira, e com tal invenção consegue arrastar muitos para a perdição. Segundo, procure conhecer os frutos daquele que se apresenta como profeta. Você sabe, toda boa árvore dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins.

Quarto. Deus espera que você seja prudente. Assim está escrito no texto: “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica são como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha” – (V.24).

As chuvas torrenciais e os fortes ventos sempre estarão diante das pessoas, mesmo os convertidos, entretanto, o que importa são os alicerces de suas moradias. Onde elas foram edificadas? O lugar onde elas estão fará toda diferença no momento de tribulação. Os fundamentos decidem o presente e o futuro da casa.

Conclusão. É verdade, infelizmente “Nem todos que diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus”. Portanto, FAZER a vontade do Pai é mais importante que FALAR.

Neste pequeno sermão coloquei algumas das vontades de Deus. Minha intenção é motivá-lo a ler e estudar a Bíblia para descobrir tantas outras coisas úteis que revelam a vontade de Deus. Convido você a tomar uma atitude. Lembre-se, Atitude inteligente resulta em benefícios surpreendentes. Se você seguir a orientação de Deus, certamente você não ouvirá dEle: “Nunca o conheci. Afaste-se de mim você, que pratica o mal”.

Dizer é fácil, fazer em Cristo Jesus é possível!




                                                                 Plínio Cavalheiro. 

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