PROVÉRBIOS – OLHANDO PELAS FRESTAS!
“Porque da janela da minha casa, olhando eu por
minhas frestas, vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de
juízo, que passava pela rua junto à sua esquina, e seguia o caminho da sua
casa; no crepúsculo, à tarde do dia, na tenebrosa noite e na escuridão. E eis
que uma mulher lhe saiu ao encontro com enfeites de prostituta, e astúcia de
coração. Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa os seus pés. Foi
para fora, depois pelas ruas, e ia espreitando por todos os cantos; e chegou-se
para ele e o beijou. Com face impudente lhe disse: Sacrifícios pacíficos tenho
comigo; hoje paguei os meus votos. Por isto saí ao teu encontro a buscar
diligentemente a tua face, e te achei. Já cobri a minha cama com cobertas de
tapeçaria, com obras lavradas, com linho fino do Egito. Já perfumei o meu leito
com mirra, aloés e canela. Vem, saciemo-nos de amores até à manhã; alegremo-nos
com amores. Porque o marido não está em casa; foi fazer uma longa viagem; levou
na sua mão um saquitel de dinheiro; voltará para casa só no dia marcado. Assim,
o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus
lábios. E ele logo a segue, como o boi que vai para o matadouro, e como vai o
insensato para o castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado;
ou como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que está armado contra a
sua vida” (Provérbios 7: 6-23).
O texto fala sobre “casa” e “janela””. Pelo fato de a
narração bíblica falar por si mesma, quero ser sucinto para não te cansar na
leitura.
Casa significa “inferno” e “minhas frestas” significa
“olhos do diabo”. O demônio está sempre à espreita, usando as brechas das
janelas e redobra as suas energias com os nossos enfraquecimentos e vacilos,
sobretudo, quando não estamos atentos. Portanto: “Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8). Cuidado para que a flecha lançada
por ele não atravesse o seu fígado!
Capelão, Plínio.
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