“DIA D”
“Porque vós mesmos sabeis perfeitamente
que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite” – (I Tessalonicenses 5:2).
A expressão “Dia D” na linguagem
militar é um termo utilizado para designar com exatidão o dia de início de uma
ofensiva ou uma operação de guerra.
Examinando a história vamos encontrar o dia 6 de
Junho de 1944, um dos dias “D” mais famosos. Neste dia, 175 mil soldados aproximadamente
(americanos, ingleses e canadenses), desembarcaram nas praias da Normandia para
libertar a França da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O
presidente norte-americano Roosevelt convidou o general Eisenhower para
comandar esta operação que recebeu o nome de Overlord. Veja na seqüência as
palavras do general em resposta ao convite: “Senhor presidente, compreendo que tal designação implica decisões
difíceis (...) Espero que o senhor não se decepcione”. E Roosevelt
não se decepcionou. O fator surpresa auxiliou a operação. Os alemães achavam
que seria impossível qualquer ataque através do canal enquanto as ondas
estivessem altas e que muito provavelmente as manobras aconteceriam na época de
lua nova e maré alta. O final da história você conhece – derrota alemã na
Segunda Guerra Mundial.
Contudo, examinando a História bíblica vamos encontrar impressos – O dia do
Senhor no Antigo Testamento e Novo Testamento que poderíamos perfeitamente
resumir esta frase para – “Dia D”. Sendo
que no A.T. ele serve para explicar a intervenção de Deus na história da
humanidade, envolvendo salvação e julgamento do homem, e N.T. refere-se à
Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo.
Dia “D” no Antigo Testamento. Os
profetas Isaías e Sofonias escreveram: “Uivai, porque o dia do Senhor está
perto; virá do Todo-Poderoso como assolação” – (Is 13:6); “O grande dia do
Senhor está perto; sim, está perto, e se apressa muito; hei-la, amarga é a voz
do dia do Senhor; clama ali o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação,
dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas
e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido
contra as cidades fortificadas e contra as torres altas” – (Sf 1:14-16). Estes
versos não deixam dúvidas sobre o julgamento do Senhor que acontecerá no “dia
do Senhor”. Este dia será marcado por acontecimentos indescritíveis, ou seja,
agonia, alvoroço, densas trevas e outros sinais narrados na Bíblia.
Dia “D” no Novo Testamento. Os
apóstolos Lucas e Paulo escreveram: “Pois, assim como o relâmpago, fuzilando em
uma extremidade do céu, ilumina até a outra extremidade, assim será também o
Filho do homem no seu dia” – (Lc 17:24); “O qual também vos confirmará até o
fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” – (I Co
1:8). Aprendi, sem precisar frequentar escola, que relâmpagos, raios e ribombar
dos trovões prenunciam chuvas e tempestades. Descobri também que praticamente é
impossível não perceber o brilho do relâmpago. Assim sendo, compreendo que
Lucas afirma que no dia do Senhor todos assistirão este fenômeno que acontecerá
rapidamente (Ap.1:7), contudo, entendo também que os “trovões” precedem o Dia
D.
Quando Jesus estava no Monte das Oliveira, ministrando sobre escatologia,
chegaram-se a Ele os seus discípulos em particular dizendo: “Quando serão essas
coisas, e que sinal haverá da tua vinda, e do fim do mundo? Jesus respondendo
disse-lhe: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Fiquem atentos sobre os fatos
que antecederão a minha vinda. Vou citá-los alguns: falsos cristos, guerras,
rumores de guerras, nação se levantaram contra nação, reino contra reino,
haverá fomes, pestes, terremotos em vários lugares, os cristãos serão
perseguidos, alguns serão mortos, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão
uns aos outros, haverá ódio, surgirão falsos profetas e enganarão a muitos, o
amor se esfriará, não obstante, o evangelho será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as nações, e então virá o fim – “O Dia D” – (Mt 24).
Não seja você surpreendido como foram os alemães na Segunda Guerra, achando que
Jesus não voltará nesta época. Não interprete escatologia como matéria distante
de nossos dias. Não subestime e nem superestime a influência que o inimigo do
homem exerce nesta batalha travada entre o bem e o mal que cessará somente no
Dia do Senhor.
Creia que o homem que está em Cristo não tem porque
temer o Dia do Senhor. Por quê? “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor” - (I Tessalonicenses 4:16,17).
Diante do Supremo e Altíssimo Deus, faça como o general Eisenhower. Diga:
Senhor Deus, compreendo que aceitar Jesus Cristo como meu único e suficiente
Salvador é algo que implica decisões difíceis que terei que tomar nesta guerra
espiritual, contudo, o faço ou já fiz, e espero que o Senhor não se decepcione.
Amém?
___________Capelão - Plínio Cavalheiro.
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