Maior telescópio do mundo é inaugurado em deserto no Chile |
Assim declarou Jesus quando pregava no
monte: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” –
(Mateus 5:8). A vontade de ver Deus está implícita no coração do homem, e por
vezes até mesmo sem ele perceber. O salmista escreveu: “Como a corça anseia por
águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de
Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” – (Salmo
42:1,2).
Querer ver Deus é bom. Com raras
exceções esbarramos em alguém que rejeita a presença e principalmente os
benefícios que Deus concede. Entretanto, somente querer ver é pouco. Assim
sendo, a busca incessante se faz necessária pelo caminho que passa pela cruz do
calvário onde se encontra Jesus Cristo ressurreto, sendo Ele o único meio para
se purificar o coração contaminado por iniquidades.
De nada serve uma janela de vidros se a
sujeira impede seus olhos vislumbrar a bela paisagem do outro lado. Assim é o
nosso coração. Ele é uma espécie de “janela” pela qual enxergamos Deus de perto
ou não. O profeta Isaías escreveu: “As suas maldades separaram vocês do seu
Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os
ouvirá” (Isaías 59:2).
“Ver” a Deus têm no mínimo três
sentidos. Primeiro se refere ao fato de um dia quando o homem estiver adentrado
no chamado “tempo” da eternidade. Neste acontecimento fantástico, a Bíblia
relata que haverá um trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais
noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os
ilumina; e reinarão para todo o sempre – (Ap. 22:1-5).
A segunda maneira de “ver” Deus é
através da criação do mundo. “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento
proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o
revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a
sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.
Nos céus ele armou uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai de seu
aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói. Sai de uma
extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor”
– (Salmo 19:1-6).
E a terceira maneira de “ver” Deus é
através dos olhos da fé. “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova
das coisas que não vemos” – (Hebreus 11:1). Não vemos? Sim, não vemos com olhos
físicos. Eles não estão ajustados para este tipo de acontecimento. O texto não
diz que é a prova do inexistente e sim prova daquilo que nossos olhos não veem.
E não veem por quê? Pelo fato de não alcançar a plenitude do pode de Deus, daí
a necessidade de auxílio de “telescópio” poderosíssimo para enxergar e isto se
chama “fé”.
Afinal, não é isto que os cientistas
fazem? Não procura a ciência trazer a prova daquilo que não se vê? E como
conseguir ver além da capacidade que os olhos físicos permitem? Lançando mão de
inventos, este é o caminho! Conta-se que existe instalado no Chile o maior
telescópio do mundo. Projeto de 1 bilhão de euros reúne 66 antenas no deserto
do Atacama e visa ajudar os astrônomos a desvendar as origens do universo. Sua
função é observar comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos
invisíveis a olho nu. Perceba o detalhe – “invisíveis a olho nu”.
“Bem-aventurados os limpos de coração,
porque eles verão a Deus” – (Mateus 5:8). Você deseja ver Deus? Então, faça a
oração de Davi: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece
as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me
pelo caminho eterno” – (Salmo 139:23,24). Amém!
_______________________ Plínio
Cavalheiro.