“Filho
do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; quando ouvires uma
palavra da minha boca, avisá-los-ás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio:
Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca
do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua
iniquidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei: Contudo se tu avisares o
ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele
morrerá na sua iniquidade; mas tu livraste a tua alma” – (Ezequiel 3:17-19).
Existe
um mundo literalmente competitivo onde a mídia procura persuadir seus clientes
para que suas mentes estejam voltadas para seus produtos variados e sobre tudo
atualizados, preferencialmente minuto a minuto. Uma notícia pode se tornar
ultrapassada após minutos do ocorrido. As chamadas, quando bem elaboradas
funcionam como iscas para fisgar a atenção do consumidor que tem sede de saber
sobre os acontecimentos que norteiam o mundo.
Trinta
segundos de inserção no chamado horário nobre da televisão custa uma soma
exorbitante. Por quê? Simplesmente pelo fator audiência. Quanto mais
espectadores estiverem sentados à frente da TV, mais ela encarece e se torna um
produto diferenciado e “confiável”.
Entretanto,
se você, assim como eu pararmos para analisarmos este tipo de serviço vamos
perceber que a grande maioria dos noticiários não traz benefícios preventivos.
No
universo físico e espiritual existe um enorme veículo de comunicação capaz de
orientar, transformar, curar e salvar muitas vidas. Seu presidente, ao
contrário de muitos empresários que buscam o enriquecimento e status de forma
ilícita, tem compromisso com a verdade absoluta. Suas matérias estão voltadas
para alertar o consumidor do caos e prejuízos que o mundo oferece como
atrativos para enganar e destruir o homem.
É
óbvio que você já entendeu que o Grande Presidente deste importantíssimo
veículo de comunicação é Deus. O Senhor Deus nunca deixou de alertar o homem
sobre os grandes e pequenos acontecimentos do universo. Suas matérias
foram e sempre serão verdadeiras. Nelas conseguimos saber sobre o passado,
envolvendo a criação, queda e restauração do homem através de Jesus Cristo.
Somos de igual forma orientados para o presente e o futuro que poderão ser
traçados por cada um, dependendo do livre-arbítrio de cada pessoa.
Deus,
durante a história da humanidade, principalmente a partir da queda do homem no
Éden, tem recrutado muitos “repórteres” para dar boas notícias. O texto citado
acima diz que o cristão é constituído como “atalaia” sobre a casa de Israel.
Atalaia
é aquele que fica em um ponto estratégico onde se tem uma visão ampla da
situação onde se localiza uma cidade. A qualquer sinal eminente de perigo, ele
se faz ouvir para que a cidade possa se precaver dos ataques dos inimigos.
Deus,
através do atalaia alerta para que o ímpio deixe seu mal caminho, afim de
salvar sua vida. Contudo, se ele preferir ignorar o aviso e continuar em
desobediência, o seu sangue não será requerido das mãos do mensageiro. Em
contra partida, se o atalaia for omisso e não avisar o ímpio acerca do seu mau
caminho, a fim de salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniquidade;
mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Assim diz o Senhor!
Muitos
cristãos e igrejas estão vivendo em uma redoma espiritual e se conformam em
aguardar pacientemente a volta de Jesus Cristo, sem se preocupar com o que está
acontecendo fora da esfera de conforto dos bancos almofadados de belíssimos
templos.
Por
que será que muitos de nós, mesmo identificados como cristãos, enfrentamos esta
deficiência de poder enxergar fora de nossa comunidade? Por que será que
pensamos somente em nós? Na prática, agimos como se não quiséssemos muitas
pessoas povoando o céu e consequentemente concorrendo com nosso “espaço
físico”. Será que somos egoístas ou somos míopes e não temos uma visão mundial
de evangelização? Pense nisto e cumpra seu papel de Atalaia. Lembre-se:
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” – (Tiago 4:17).
____________________________Plínio
Cavalheiro.