Não é difícil
encontrar pessoas que criticam a situação do mundo. Os problemas se
avolumam cada vez mais sem perspectiva de
melhora, ao menos pela ótica de uma
grande maioria de pessoas que vivem nele.
Aliás, falando
em ótica, não faltam “olheiros” neste universo para observar as falhas dos
outros, vistas por todos os ângulos possíveis para não deixar passar
despercebido nenhum detalhe de seus erros.
Julgar e
condenar são atitudes que proliferam semelhantes à praga daninha. Bem falou
Jesus em seu sermão no monte: “Não julgueis, para que não sejais julgados.
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que
está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”– (Mateus
7:1-3).
Ah, que bom
seria a gente encontrar mais pessoas com espírito de autocrítica, com
predisposição para reconhecer, ainda que respeitando as devidas proporções, sua
responsabilidade daquilo que o mundo é, e, daquilo que poderia ser
transformado.
Todo crítico
deveria se revestir de autocrítica antes de tecer qualquer comentário negativo
de pessoas ou situações. O ideal seria ele ter visão para enxergar e agir com
bom senso, ponderando cada situação. Desta forma, se a empresa onde ele
trabalha não anda bem das pernas, a pergunta seria esta: “O que eu posso fazer
para reverter este quadro?”, “Onde estou falhando?”, e este princípio é válido
para se aplicar na igreja, casamento, família, na vizinhança, cidade e por que
não dizer no mundo?
Ah, mais uma vez
o “ah”, você acha que transferir é mais fácil? Concordo! É mais fácil, porém,
não é honesto. Foi desta forma que o caos se instalou no mundo quando o
primeiro casal categoricamente decidiu desobedecer ao criador, e diante de Deus
transferiu a sua culpa, [leia Gênesis 3].
Já que você
abriu em Gênesis, assim espero, aproveite e vire algumas centenas de páginas
até chegar ao livro de Neemias. Você vai se deslumbrar com a atitude de um
homem chamodo Neemias. Eu o chamaria de “Construtor de Muros”. Palavras deste
homem: “Veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes
pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em
grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas
queimadas a fogo” – (Neemias 1:1-3).
A julgar pela
distância e comodidade onde se encontrava o profeta Neemias, a tendência da
maioria das pessoas seria não se envolver com o problema. Contudo, Neemias
sentou-se, chorou, lamentou o problema, jejuou e orou a Deus dizendo: “Ah!
Senhor Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a
benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos; Estejam,
pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do
teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel,
teus servos. Confesso os pecados que NÓS, os Israelitas, temos cometido contra
ti. Sim, EU e o meu povo temos pecado. Agimos de forma corrupta e vergonhosa
contra ti. Não temos obedecido aos mandamentos, aos decretos e às leis que
deste ao teu servo Moisés.” – (Neemias 1:5,6).
Sentar-se,
chorar, lamentar, jejuar e orar, é bom? Sim, é bom! Digamos que é meio caminho
andado em direção à solução dos problemas que enfrentamos. Contudo, ninguém
chega a lugar algum vencendo tão somente 50% do percurso. Só estaremos lá
quando atingimos os 100%.
Em que implica a
etapa final? Implica em trabalho prático e isto nem sempre é fácil! Neemias
disse ao seu patrão, o rei Artaxerxes: “Se é do agrado do rei, e se o teu servo
é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros
de meus pais, para que eu a reedifique” – (v.5).
Não foi fácil
conquistar a segunda parte do projeto de Neemias. Sambalate estava lá para
opor-se contra ele e contra tudo que vinha de Deus na intenção de dissuadi-lo
da obra e pô-lo para correr. Teve ele que enfrentar ameaças, zombarias e
desprezos. No entanto, disse: Um homem como eu fugiria? – (cap. 6:11). Não
desistiu, não fugiu e nem largou a obra pela metade para frustração de
Sambalate e seus assessores.
O diabo é um
tipo de “Sambalate” que se enfurece quando percebe que você se disponibiliza
para reconstruir muros de proteção em torno de vidas, igrejas e cidades para
que ele (o diabo), não consiga seus intentos que fazem parte de seu caráter.
Entretanto, a exemplo de Neemias não se deixe intimidar e prossiga seu trabalho
com os recursos que Deus tem colocado em suas mãos, são eles, sensibilizar,
lamentar, jejuar, orar e se disponibilizar para construir muros de proteção
para que o diabo não consiga vitória sobre pessoas, famílias, igrejas, cidades
e nações.
________________Plínio
Cavalheiro.
Um comentário:
Plinio, que prazer ter você no Perseverança, seja bem vindo.
Comente sempre, de indicações para novas postagens, é assim que geramos energia positiva entre as páginas.
Deixo um super abraço para você.
Nicinha
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