Pode até ser estranho, mas não se deve necessariamente classificar uma pessoa de demência pelo fato de saber que ela fala consigo mesma, como se isto fosse coisa de outro mundo. Pois, recomende um psiquiatra quem nunca passou por esta situação. Todos nós trocamos ideias conosco, seja em pensamento ou as deixando sair em forma de som por nossa boca quando estamos sós. Verdade?
Você já falou com seus botões? Assim é conhecido um
ditado popular. No entanto, bom seria você falar com sua alma desta forma: “Por que
estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois
ainda o louvarei pela salvação da sua face” – (Salmos 42:5).
Pense e faça isto sem precisar necessariamente se deitar em um divã
junto de um profissional da área. Nada
contra em procurar um psiquiatra, psicólogo ou conselheiro para solicitar
auxílio quando necessário.
A busca por ajuda médica relacionada com a área da mente não significa
necessariamente que o indivíduo é “insano”. Buscar auxílio no momento certo daquele profissional
que é competente é sinal de maturidade.
A medicina é um dos muitos recursos que Deus disponibiliza para abençoar
a criatura. Jesus considerado Médico dos médicos disse: “Não necessitam de
médico os sãos, mas, sim, os doentes” – (Mateus 9:12).
Não se deve espiritualizar toda doença dizendo que elas são provenientes
de uma situação espiritual não resolvida. Até pode ser em alguns casos segundo
relatos bíblicos. Contudo, cada caso é um caso e merece ser estudado e tratado
por quem de direito.
Depressão não tem somente uma causa definida. Ela pode ser desencadeada involuntariamente
por fatores físicos que não estão ligados diretamente à mente. Por exemplo, segundo
estudo científico acredita-se que hoje uma a cada quinze mulheres desenvolvem
algum tipo de disfunção hormonal e isto ocasiona vários problemas no corpo,
inclusive a depressão que afeta as relações pessoais e desempenho naquilo que
faz no cotidiano.
Entretanto, poderíamos ponderar alguns casos de depressão onde os
sintomas alteram os comportamentos espirituais. São eles: Falta de desejo de
ler a Bíblia, ausência de oração, distanciamento da igreja, desânimo para evangelizar
e outros mais.
Sintomas não são causas e por isso por vezes não se pode
eliminá-los somente com ministrações, aconselhamentos, orações e tão pouco
expulsando o “demônio” de dentro da pessoa doente. A ajuda do profissional da
área de saúde se faz necessária para combater o mal pela raiz. Como já citado: “Os
doente precisam de médicos”.
Portanto, amado irmão que exerce dentro do corpo de
Cristo a função de libertação ou aconselhamento. Fique atento e busque em Deus
o dom do discernimento para detectar a origem para saber se é físico ou
espiritual. Alguém já disse: “Na dúvida não faça nada, procure ajuda”.
Não se esqueça: Estamos lidando com vidas preciosas aos
olhos de Deus. Não se permita entrar pela rota do “achômetro”, usando o enfermo
como sua cobaia. Pense nisto!
_______________Capelão – Plínio Cavalheiro.
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