segunda-feira, novembro 08, 2010

A INTENÇÃO FOI BOA!

A INTENÇÃO FOI BOA!

Cada projeto serve para ordenar previamente algo que sairá do mundo abstrato para se transformar em realidade. Ou seja, sai do papel e ou pensamento para ocupar um espaço físico dentro do universo. Assim sendo, de maneira inevitável para cada invenção existe uma intenção.

Quando o invento se materializa, não significa necessariamente que o elemento criado seja bom. Infelizmente a Terra carrega em seu compartimento de bagagem muitos “elefantes brancos”. São invenções desnecessárias que em nada contribuem para beneficiar o desenvolvimento da sociedade e por vezes cooperam para morte e destruição dos seres vivos. Servem na verdade para “justificar” gastos absurdos que comprometem os cofres públicos onde são depositados os impostos de cada contribuinte.

As palavras que saem da boca do homem também podem ser comparadas a invenções que nascem em sua mente e ou coração. Jesus disse: “Mas o que sai da boca procede do coração; e é isso o que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” – (Mateus 15:18,19).

Jesus, ao fazer esta exortação não isentou os cristãos da lista daqueles que estavam sujeitos a caírem neste deslize. Ele não pediu licença aos “puros” para que vedassem seus ouvidos para não ouvir algo desnecessário. Ao contrário, toda palavra de Deus deve passar em primeira instância pelos corações dos cristãos e subseqüentes aos corações daqueles que precisam de transformação e vida nova em Cristo Jesus. O mundo precisa ter um referencial bom para segui-lo, e quem melhor que o cristão para esta função?

Lamentavelmente, muitos cristãos estão perdendo o foco de suas motivações e se deixando levar por doutrinas contaminadas por vírus infernais. Por ingenuidade, desobediência ou falta de conhecimento se convencem que a língua não deve ser policiada. Ignoram as palavras do salmista: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!” – (Salmo 141:3)”.

Tiago escreveu algo que se parássemos para avaliar a profundidade de suas palavras conseguiríamos infinitamente mais vitórias em nosso ministério apostólico. Vamos conferir sua pregação: “Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim” – (Tiago 3:1-8).

Tiago termina dizendo: “Não convém, meus irmãos, que se faça assim – [grifo meu]. Tiago escreveu para os cristãos da época e continua valendo para o dia de hoje. Se Deus manda não fazer, por que então a prática natural deste pecado devastador no mundo cristão? Por que o comichão na língua com vontade de “vomitar” a informação que deveria ser tratada com prudência e de forma bíblica conforme Mateus 18:15-17?

O mundo continua assistindo hoje a cores e em 3d o mesmo filme que Tiago assistia em sua época em preto e branco – “O maledicente bem intencionado”. O enredo do filme passa a idéia onde alguém usa sua língua para fofocar alegando que o faz com as melhores das intenções. Seu objetivo é “ajudar” quem ou o que está envolvido na situação. Entretanto, nas entrelinhas se percebem que seu projeto visa denegrir a imagem de quem na verdade precisa de ajuda.

As décadas que Deus me concedeu de vida até o momento me têm ensinado algo que talvez pra você seja óbvio. Aprendi (e continuo aprendendo) sempre ponderar antes de passar adiante algo que abrange uma terceira pessoa, principalmente quando se trata de falhas cometidas. Penso, e logo coloco em prática: “Se eu não tenho coragem de dizer a ela o que vou dizer sobre ela, então é porque alguma coisa está errada em meu comportamento” e isto se chama intriga. E assim mesmo, nem sempre o confronto imediato é o melhor caminho. A ponderação e oração buscando em Deus o discernimento devem preceder qualquer atitude desta natureza.

Para nada adianta dizer que a intenção é ou foi boa se o resultado mostra o contrário. Para isto, temos que refletir melhor em nossos planos e pedir o discernimento de Deus antes de colocá-los em prática. Enquanto ele está no papel ou na mente em nada vai contribuir para melhor ou para pior. Contudo, após sair deste nível não tem como negar que das três uma: Ou vai ser – “abençoador”, “amaldiçoador” ou em última hipótese, um “elefante branco” que para nada presta.

Que Deus nos faça e que nós queiramos imitar Cristo na íntegra para que as pessoas vejam em nós as atitudes de um verdadeiro pacificador no meio da igreja e no mundo carente de transformação. Ore assim: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!” – (Salmo 141:3)”. Amém?


__________________Capelão - Plínio Cavalheiro.

Nenhum comentário:

  O DIABO NÃO PODE IMPEDIR QUE NOSSA ORAÇÃO CHEGUE AO CÉU! O diabo não pode impedir que sua oração cheque ao céu, mas, pode impedir que você...